terça-feira, junho 21, 2011

ELA TAMBÉM NÃO TINHA RELAÇÕES SEXUAIS COM O MARIDO


Recebi o relato abaixo e percebi, imediatamente, o quanto ele poderá ajudar muitas mulheres, casais e casamentos. A simplicidade da solução encontrada, a obtusidade daqueles que se consideram os representantes de Deus na terra, porém, acima de tudo, a perseverança e o amor desse casal confirmam aquilo que Rob Bell escreveu e eu creio: o Amor sempre vence! Leia você também e divulgue se achar que deve.

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Date: Thu, 9 Jun 2011 18:40:04 -0700
From:
Subject: RELACIONADO AO CASAL QUE NÃO TEM RELAÇÕES SEXUAIS DESDE 2008
To: blogdobento@hotmail.com

Olá Bento, a Paz!


 

Li o tópico "DESDE 2008 QUE EU NÃO TRANSO COM MINHA MULHER" e não poderia deixar de contar a minha história, penso até que pode ser útil ao casal em questão.

Já passei por um problema muito parecido no meu casamento. Só que eu era a mulher que sentia dores.

Tenho hoje treze anos de casada mas, só há aproximadamente três anos que, verdadeiramente, tenho tido uma boa relação sexual. Diga-se de passagem, que a culpa não era do meu esposo, ele se esforçava demais, era preliminar, era declaração de amor mas, na hora da penetração eu travava e, apesar de já ter dois filhos na época, parecia que eu voltara a ser virgem.

Sofri demais, fomos ao ginecologista, ao sexólogo e não ficou nada resolvido, acho que até piorei um pouco, fui diagnosticada como portadora de vaginismo, não mudou muito a minha situação, comecei o tratamento até o momento em que o médico me receitou o seguinte exercício: enfiar uma caneta na minha vagina todos os dias e prende-la por alguns segundo... rsrsrs. Impossível para mim realizar tal tarefa, só de pensar eu ficava horrorizada, então, desistimos e tentamos resolver entre nós.

Meu marido me desejando e eu morrendo de medo só de pensar na penetração, às vezes eu ia dormir antes dele, às vezes ficávamos inventando conversas até ficarmos caindo de sono e, às vezes, eu não conseguia escapar e resolvia tentar, o que era frustrante porque sentia muitas dores, a sensação era "de um ferro entrando no meu canal vaginal" não tinha preliminar que desse jeito, na hora da penetração eu ficava toda dura, não relaxava de forma alguma, quando terminada sentia o meu canal queimar como se tivesse com brasas ardentes dentro dele.

Meu marido ficava arrasado, se culpava e eu chorava porque não conseguia fazer uma coisa tão natural como o sexo, sabia que o problema estava em mim. Cheguei a dizê-lo que se ele quisesse se separar por esse motivo eu entenderia, ele me dizia que "morreria ao meu lado, ainda que não pudéssemos fazer ter uma relação sexual, mas que acreditava que um dia aquilo ia passar".

Certo dia em um aconselhamento, conversamos com o pastor, nossa! Foi um dia muito difícil, o que ouvi foi que eu tinha que ter relações com o meu marido com ou sem vontade, com ou sem desconforto, que devia ser psicológico, que quanto mais tempo eu passasse sem praticar pior seria, que eu estava desobedecendo a Palavra de Deus, que, que, que... fiquei de coração e alma partidos, me sentindo péssima, a pior das criaturas...

Prá piorar um pouco mais fomos convidados a participar de uma reunião para casais onde passaram um vídeo de uma pregação onde o pastor, que não lembro o nome, disse que a mulher que não tinha relação com o seu marido estava em pecado e a única forma de se reconciliar com Deus era cumprindo com suas obrigações. Chorei durante o vídeo, porque tínhamos conversado com o pastor há poucos dias sobre isso e senti como se ele tivesse feito aquela reunião para nós, chorei indo para casa e quando cheguei em casa também, chorei até adormecer naquela noite.

Não entendia como Deus poderia me considerar pecadora por uma coisa que estava alheia a minha vontade, porque eu queria fazer um bom sexo com meu marido, mas não conseguia, eu sentia dores, não conseguia relaxar sentindo dores na penetração, tentava não pensar nisso, tentava entrar no clima, mas eu não conseguia.

Digo isso porque sempre o amei, ele tb. sempre me amou, chorou quando eu chorei, me consolou e foi compreensível em todos os momentos, chegamos a passar quase um ano sem nenhum contato sexual.

Entretanto, eu sabia que Deus não tinha nada haver com o que os pastores estavam dizendo, sabia que aquelas palavras não eram inspiradas pelo Espírito Santo de Deus, sabia que aquelas opiniões eram próprias e não de Deus, Ele me conhecia profundamente a situação, sabia que não era por falta de vontade minha, assim eu tinha certeza que Deus jamais faria isso com um filho seu, porque Deus não é um carrasco torturador prá tá brincando com os nossos sentimentos, enfim, não aceitei aquelas palavras.

Orei muito por essa causa, depois resolvi não falar mais com Deus sobre isso, pensei que esse seria o meu espinho na carne. Mais tarde voltei a orar, até que um dia conversávamos sobre o assunto, eu e meu marido, questionando quais os problemas físicos que poderiam gerar tudo aquilo, porque a ginecologista disse que o meu canal era normal e o sexólogo disse que eu contraia a vagina, não relaxava, conseqüentemente, não ficava lubrificada o suficiente e criava uma barreira na penetração.

Então, certo dia, fazendo as compras no supermercado me deparei com um lubrificante, ohhhhh !!! Pensei: "vou levar esse negócio para fazer um teste". Falei para o meu marido que prontamente se colocou a disposição... rsrsrsrs. Não foi a melhor relação, mas não é que foi bem menos dolorida! Daí, tentamos novamente, ele quase gastou o tubo todo... rsrsrs mas as coisas visivelmente foram melhorando, dia a dia, pouco a pouco, tubos a tubos.

Hoje, temos três filhos lindos e uma rotina sexual normal, sou uma mulher feliz e realizada por isso, sou grata ao Senhor Deus que me colocou de frente com aquele lubrificante, que é uma coisa tão simples e nunca, nunca mesmo, ninguém nos sugeriu usá-lo.

Talvez o problema da esposa do caso relacionado não tenha esse mesmo problema, mas fica a sugestão para uma tentativa.

Enfim, penso que muitas vezes temos gigantes em nossas vidas que ficam nos amedrontando, nos pisando, zombando de nós, nos envergonhando e nós nos escondemos atrás dos nossos medos, da nossa vergonha, da nossa frustração, do nosso silêncio e perdemos a oportunidade de deixar Deus nos orientar a pegarmos a funda certa para derrubarmos o tal gigante apenas com uma pequena pedrinha que sempre esteve ao nosso alcance.

Um grande abraço,

K.

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Minha querida irmã,


 

Muito me alegrei ao ler o seu relato de dor, sofrimento, busca pela cura, e, por fim, a vitória. Agradeço de coração a sua contribuição ao assunto. Rogo a Deus pela sua vida, a do seu marido, filhos, e todos os seus. Que Deus continue cobrindo o seu casamento de bênçãos.

Beijão a todos aí.

Bento Souto

http://blogdobento.blogspot.com/

blogdobento@hotmail.com

3 comentários:

Isabel Lepsch disse...

Meu Deus! o mais simples não foi feito...como médica ginecologista sempre peço pra q se use lubrificante vaginal pra quem tem este problema...como q ninguém pensou nisto antes? e tb peço pra usar um creme vaginal q ajuda na vaginite fora das relaçoes.Tb pode se usar um anetésico pomada à base de xilocaina no intróito vaginal,além do lubrificante.

Missionaria Marilene Cirilo disse...

Eu ja aconselhei uma mulher que tinha o mesmo problema e eu indiquei lubrificante e tudo melhorou. Que Deus abençoe os casais e o principal é conversar e tentar.

Missionaria Marilene de João Pessoa na PB.

Ministério da Saúde disse...

Olá, blogueiro!
A melhor prevenção é a informação e usando a camisinha, todos curtem melhor a vida e sem preocupação. Homens e mulheres, de qualquer idade, orientação sexual ou classe social são vulneráveis ao vírus HIV e a outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Ajude a divulgar informações e conscientizar mais pessoas sobre as formas de contágio e prevenção de DSTs. A camisinha é segura e a maior aliada nesse combate. Ela é distribuída gratuitamente na rede pública de saúde. Curta a vida. Sexo, só se for com camisinha, senão não dá! Com amor, paixão ou só sexo mesmo. Use sempre! Divulgue o site: www.aids.gov.br
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