A seguir uma série de memorandos que demonstram a dificuldade em agradar atodos na sociedade moderna atual. Divirtam-se! O original estava publicado no site da Catho.
===================
Memorando: A festa de Natal do escritório
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os colaboradores
Data: 01 de dezembro
Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será realizada no dia 23 de dezembro, começando ao meio-dia, no salão de festas da Churrascaria Grill. Antes haverá um pequeno coquetel com muitas bebidas.
Teremos uma pequena banda tocando canções natalinas... e vocês podem cantar junto! E não se surpreendam se nosso presidente aparecer vestido de Papai Noel!
À uma da tarde acenderemos as luzes da árvore de Natal. Nesse horário poderão ser feitas as trocas de presentes entre vocês, mas os presentes terão valor limitado a R$ 20,00 para atender a todos os bolsos.
A festa é somente para empregados.
Um pronunciamento especial será feito pelo presidente.
Feliz Natal para você e para sua família.
Patrícia
Memorando: A festa de fim de ano do escritório
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os colaboradores
Data: 02 de dezembro
De modo algum pretendemos excluir de nossa festa de fim de ano os companheiros judeus. Reconhecemos que o Chanukah é um importante feriado que muitas vezes coincide com o Natal, embora infelizmente isto não ocorra neste ano.
No entanto, de agora em diante, nós nos referiremos à festa como festa de fim de ano. A mesma política se aplica a todos os outros empregados que não sejam cristãos ou aqueles que ainda celebram o dia da Reconciliação.
Cancelamos a árvore de Natal. Cancelamos também as canções natalinas.
Teremos outros tipos de música para o seu entretenimento.
Felizes agora?
Feliz fim de ano para você e para sua família.
Patrícia
Memorando: A festa de fim de ano
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os colaboradores
Data: 03 de dezembro
Em relação à mensagem que recebi de um membro dos Alcoólicos Anônimos, requisitando uma mesa para empregados que não bebem... você não assinou. Eu gostaria muito de atender, mas imagine que se eu puser uma placa AA na mesa, quem se sentar ali não será anônimo mais.
Como resolver isto?
Patrícia
Memorando: A festa de fim de ano
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os colaboradores
Data: 05 de dezembro
Tudo bem, vamos esquecer a troca de presentes. O Sindicato achou que R$ 20,00 é muito dinheiro e os executivos que é muito pouco para comprar os presentes.
NÃO SERÁ PERMITIDA TROCA DE PRESENTES.
Patrícia
Memorando: Festa de fim de ano
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os colaboradores
Data: 07 de dezembro
Que grupo diversificado nós temos!
Eu não fazia idéia de que em 20 de dezembro começa o mês sagrado do Ramadã muçulmano, que proíbe comer e beber durante o dia. Lá se vai a festa! De verdade, não sei como acomodar os nossos companheiros muçulmanos na festa.
Talvez a churrascaria possa segurar o almoço deles até o fim da festa, ou empacotar para que eles levem para casa. Será que assim funcionaria?
Entrementes, consegui que os membros dos Vigilantes do Peso se sentem bem longe do buffet de sobremesa e que as grávidas fiquem em mesas próximos dos banheiros.
Gays poderão se sentar com outros gays, e as lésbicas não serão obrigadas a se sentar com os gays, se não quiserem. Sim, haverá um arranjo de flores nas mesas dos gays, também. No entanto, não vai ser permitida a presença de pessoas travestidas.
Conseguimos banquinhos para pessoas de baixa estatura.
Conseguimos comida com baixo teor de caloria para quem está de dieta. Mas não vamos conseguir controlar o sal usado na comida, por isso sugerimos que quem tem pressão alta prove o teor de sal antes de comer.
Haverá frutas frescas para os diabéticos, mas o restaurante não vai poder oferecer sobremesas diet.
Desculpem? Esqueci de alguma coisa?
Patrícia
Memorando: A porcaria da festa de fim de ano!
De: Patrícia Mangueira, diretora de Recursos Humanos
Para: Todos os #%&$!!! colaboradores
Data: 10 de dezembro
Vegetarianos?
Chega!
A festa vai ser na Churrascaria Grill, quer vocês gostem quer não! Tratem de arranjar uma mesa bem longe da "carne fatal" e comam salada - incluindo os tomates hidropônicos. Mas, como sabem, os tomates também têm sentimentos. Eles gritam quando você os fatia.
Espero que seja um fim de ano horroroso para todos!
Bebam muito, peguem o carro e se matem, tá?!
A bruxa do inferno
De: Suzy Watanabe, diretora-substituta de Recursos Humanos
Data: 14 de dezembro
Assunto: A festa de fim de ano da Patrícia Mangueira
Creio que falo em nome de todos ao desejar uma rápida recuperação à Patrícia do mal de estresse que está sofrendo, e vou continuar a encaminhar para ela, no sanatório, os cartões que estão chegando.
Nesse meio tempo, a diretoria decidiu cancelar a festa de fim de ano e dar folga para todos na tarde de 23 de dezembro.
Felizes feriados!
Suzy Watanabe
Aqui estão minhas idéias, reflexões e tudo mais que eu achar legal de registrar. Espero que vocês gostem. Bjs Bento
domingo, dezembro 12, 2010
O QUE OS MAGOS NOS ENSINAM SOBRE O NATAL?!
Gaspar, Baltazar e Melchior, eram os nomes dos “três” “reis” “magos”, segundo a tradição da Igreja Católica Romana. Brahmas hindus, segundo “Os Lusíadas”, épico da Literatura Portuguesa, escrito em 1572. “Homens sábios” (wise men), segundo a Versão do Rei Tiago. “Homem amável” (kind man), ou “homem que sempre fez a coisa certa” (man who always did the right thing), segundo a Contemporary English Version, American Bible Society. Esses são exemplos de “mitos” tanto do lado católico romano quanto do lado protestante, sem falar dos “maçons” e de outras sociedades secretas, e de tantos outros mitos criados para explicar quem eram esses homens.
“Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo.” (Mateus 2.1-2)
Uma das formas de fazer com que algo que realmente aconteceu perca a credibilidade é “mitologizar” o fato. Já está no inconsciente coletivo que “quem conta uma história sempre aumenta um pouquinho”. Imaginem se permitimos que aconteça isso com o texto sagrado das escrituras.
A verdade é que a Bíblia não diz que eram “três” e nem quantos eram os “magos”. O texto diz apenas que eram “alguns”. Também não diz que eles eram “reis”. A nossa tradução é que diz que eles eram “magos”. Porém, o sentido da palavra “mago” era diferente do sentido atual. A raiz grega da palavra é a mesma de: mágico; magistrado; magistério; magistral etc. E esse era o papel desses homens da antiguidade. Eles eram os “cientistas” da época, daí muitos associarem seu ofício com o dos mágicos. Eles eram os experts em leis, especialmente no império Medo-Persa, daí a origem de “magistrado”. Tinham também o papel de professores, no sentido que ensinavam suas artes aos jovens. Os jovens judeus tomados cativos e levados à Babilônia estiveram aprendendo as artes deles. Alguns enganavam os homens com suas artimanhas, em nada diferindo dos charlatões religiosos atuais. Um dos campos prediletos do engano deles era mistura entre Astrologia e Astronomia. Se, atualmente, há pessoas que não sabem a diferença entre essas duas disciplinas, imaginem naquela época.
Mas isso não faz a menor diferença em relação a Jesus. Sabe por quê? Porque o enfoque do texto de Mateus é claro. Eles vieram adorar Jesus! Os teólogos sabiam onde “o Rei dos Judeus nasceria” (Mat. 2.4-6), mas não foram adorá-lo. Isso se parece muito com os nossos dias. Muitos de nós, cristãos, sabemos como se deve ajudar os pobres de acordo com a Bíblia; sabemos da nossa responsabilidade com os necessitados (orfãos, viúvas etc). Enfim, às vezes, temos a teologia correta e a prática errada, nem praticamos o que sabemos ser teologicamente correto. Qual teria mais valor diante de Deus? Ter a teologia correta e a prática errada? Ou ter a teologia errada e a prática correta? O caso dos nossos “magos” parece indicar que Deus se agradou mais da adoração deles do que da atitude dos “teológos”, que segundo um dos evangelistas: “não o receberam”!
Em segundo lugar, os “magos” vieram de longe para adorar Jesus e trouxeram “presentes” para o Rei. Isso nos faz perceber que não há adoração sem oferta ao adorado. Quem adora, oferece! Alguém sabiamente já disse que “se pode dar sem adorar (como fazemos com muitas de nossas ‘esmolas’ que têm a intenção de fazer com que nos livremos daquele que pede), mas não se pode adorar sem dar”. Precisamos nos lembrar disso. Adoração não acontece dos lábios para fora, ela se manifesta visivelmente em direção ao adorado na forma mais generosa, que é dar daquilo que se possui.
Em terceiro lugar, os “magos” adoraram oferecendo “ouro, incenso e mirra”. Diz-se que o ouro, metal mais precioso, era presente que se oferecia aos reis. Ao oferecerem ouro a Jesus, os “magos” estão reconhecendo que Ele é Rei. E Rei, naquela época, não era nada parecido com ser Juan Carlos (rei da Espanha) ou Elisabeth (rainha da Inglaterra). Os reis de hoje são de enfeite. Não têm poder. Os reis da época de Jesus eram soberanos que ditavam e interpretavam a Lei. Em algumas sociedades eles eram a Lei. Os reis protegiam os seus súditos com os seus exércitos. Os reis dominavam os exércitos e os súditos. Todos os súditos deviam obediência ao rei. Suas palavras significavam vida ou morte. Esse é o tipo de Rei que os “magos” viam em Jesus, e adoraram. Jesus é para nós o Rei que era para os “magos”? Ou é rei igual aos atuais reis da Espanha e Inglaterra? Um pequeno teste disso pode ser feito apenas olhando se adoramos Jesus oferecendo-lhe “ouro”, nosso “vil metal”.
Os magos ofereceram “incenso”. Incenso é algo que só se oferta a deuses, em qualquer religião. Os “magos” reconheciam que Jesus é Deus, e ofereceram-lhe algo que só a Deus é apropriado oferecer. Há muitos que reconhecem em Jesus apenas “um bom homem”, “um sábio”, “um guia” etc. Contudo, Jesus é mais do que isso. Ele é Deus! E como Deus deve ser adorado, “com todas as forças, com todo o entendimento, com toda a alma”. É assim que amamos e consideramos Jesus?
Por último, os “magos” ofereceram “mirra”. Como “mirra” era um tipo de perfume também usado na preparação de corpos de pessoas que morriam, essa oferenda simboliza a nossa dependência da morte de Jesus para sermos aceitos por Deus. Tenho escutado muita gente dizer que “Jesus morreu por nós”. Entretanto, tenho escutado pouca gente dizer “Jesus morreu por mim”. “Eu fui o causador da morte de Jesus”. “Os meus pecados foram a causa da morte de Jesus”. “Eu sou o responsável pela morte de Jesus”. De que grupo você faz parte? Dos muitos ou dos poucos?
Que Deus nos ajude a adorarmos a Jesus como fizeram os “magos” do oriente e não como os teólogos judaicos dos dias de Jesus! Ou melhor ainda, que Deus nos ajude a termos o conhecimento dos teólogos judaicos e a disposição de adorar dos “magos” do Oriente!
Bento Souto
“Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo.” (Mateus 2.1-2)
Uma das formas de fazer com que algo que realmente aconteceu perca a credibilidade é “mitologizar” o fato. Já está no inconsciente coletivo que “quem conta uma história sempre aumenta um pouquinho”. Imaginem se permitimos que aconteça isso com o texto sagrado das escrituras.
A verdade é que a Bíblia não diz que eram “três” e nem quantos eram os “magos”. O texto diz apenas que eram “alguns”. Também não diz que eles eram “reis”. A nossa tradução é que diz que eles eram “magos”. Porém, o sentido da palavra “mago” era diferente do sentido atual. A raiz grega da palavra é a mesma de: mágico; magistrado; magistério; magistral etc. E esse era o papel desses homens da antiguidade. Eles eram os “cientistas” da época, daí muitos associarem seu ofício com o dos mágicos. Eles eram os experts em leis, especialmente no império Medo-Persa, daí a origem de “magistrado”. Tinham também o papel de professores, no sentido que ensinavam suas artes aos jovens. Os jovens judeus tomados cativos e levados à Babilônia estiveram aprendendo as artes deles. Alguns enganavam os homens com suas artimanhas, em nada diferindo dos charlatões religiosos atuais. Um dos campos prediletos do engano deles era mistura entre Astrologia e Astronomia. Se, atualmente, há pessoas que não sabem a diferença entre essas duas disciplinas, imaginem naquela época.
Mas isso não faz a menor diferença em relação a Jesus. Sabe por quê? Porque o enfoque do texto de Mateus é claro. Eles vieram adorar Jesus! Os teólogos sabiam onde “o Rei dos Judeus nasceria” (Mat. 2.4-6), mas não foram adorá-lo. Isso se parece muito com os nossos dias. Muitos de nós, cristãos, sabemos como se deve ajudar os pobres de acordo com a Bíblia; sabemos da nossa responsabilidade com os necessitados (orfãos, viúvas etc). Enfim, às vezes, temos a teologia correta e a prática errada, nem praticamos o que sabemos ser teologicamente correto. Qual teria mais valor diante de Deus? Ter a teologia correta e a prática errada? Ou ter a teologia errada e a prática correta? O caso dos nossos “magos” parece indicar que Deus se agradou mais da adoração deles do que da atitude dos “teológos”, que segundo um dos evangelistas: “não o receberam”!
Em segundo lugar, os “magos” vieram de longe para adorar Jesus e trouxeram “presentes” para o Rei. Isso nos faz perceber que não há adoração sem oferta ao adorado. Quem adora, oferece! Alguém sabiamente já disse que “se pode dar sem adorar (como fazemos com muitas de nossas ‘esmolas’ que têm a intenção de fazer com que nos livremos daquele que pede), mas não se pode adorar sem dar”. Precisamos nos lembrar disso. Adoração não acontece dos lábios para fora, ela se manifesta visivelmente em direção ao adorado na forma mais generosa, que é dar daquilo que se possui.
Em terceiro lugar, os “magos” adoraram oferecendo “ouro, incenso e mirra”. Diz-se que o ouro, metal mais precioso, era presente que se oferecia aos reis. Ao oferecerem ouro a Jesus, os “magos” estão reconhecendo que Ele é Rei. E Rei, naquela época, não era nada parecido com ser Juan Carlos (rei da Espanha) ou Elisabeth (rainha da Inglaterra). Os reis de hoje são de enfeite. Não têm poder. Os reis da época de Jesus eram soberanos que ditavam e interpretavam a Lei. Em algumas sociedades eles eram a Lei. Os reis protegiam os seus súditos com os seus exércitos. Os reis dominavam os exércitos e os súditos. Todos os súditos deviam obediência ao rei. Suas palavras significavam vida ou morte. Esse é o tipo de Rei que os “magos” viam em Jesus, e adoraram. Jesus é para nós o Rei que era para os “magos”? Ou é rei igual aos atuais reis da Espanha e Inglaterra? Um pequeno teste disso pode ser feito apenas olhando se adoramos Jesus oferecendo-lhe “ouro”, nosso “vil metal”.
Os magos ofereceram “incenso”. Incenso é algo que só se oferta a deuses, em qualquer religião. Os “magos” reconheciam que Jesus é Deus, e ofereceram-lhe algo que só a Deus é apropriado oferecer. Há muitos que reconhecem em Jesus apenas “um bom homem”, “um sábio”, “um guia” etc. Contudo, Jesus é mais do que isso. Ele é Deus! E como Deus deve ser adorado, “com todas as forças, com todo o entendimento, com toda a alma”. É assim que amamos e consideramos Jesus?
Por último, os “magos” ofereceram “mirra”. Como “mirra” era um tipo de perfume também usado na preparação de corpos de pessoas que morriam, essa oferenda simboliza a nossa dependência da morte de Jesus para sermos aceitos por Deus. Tenho escutado muita gente dizer que “Jesus morreu por nós”. Entretanto, tenho escutado pouca gente dizer “Jesus morreu por mim”. “Eu fui o causador da morte de Jesus”. “Os meus pecados foram a causa da morte de Jesus”. “Eu sou o responsável pela morte de Jesus”. De que grupo você faz parte? Dos muitos ou dos poucos?
Que Deus nos ajude a adorarmos a Jesus como fizeram os “magos” do oriente e não como os teólogos judaicos dos dias de Jesus! Ou melhor ainda, que Deus nos ajude a termos o conhecimento dos teólogos judaicos e a disposição de adorar dos “magos” do Oriente!
Bento Souto
sábado, dezembro 11, 2010
A LÓGICA DO NATAL E SUAS LIÇÕES
Queridos,
Nada contraria tanto a lógica humana quanto o Deus (eterno, imutável, invisível, todo-poderoso, criador dos céus e da terra) que se faz gente. Deus se vestir de carne e osso e ser gestado por nove meses em um útero materno é um absurdo inimaginável. Aumentar o absurdo – se isso fosse possível – é olhar de quem e onde Ele nasceu.
A Lógica humana diria que se Deus tivesse que nascer entre os Homens, àquela época, Ele deveria ser alguém do tipo de Cesarion, filho de César com Cleópatra. Sim, Ele deveria ser alguém como o filho dos representantes reais de dois impérios que dominaram o mundo, o Grego e o Romano. Ele deveria ter nascido sob os cuidados da melhor Medicina da época e desfrutar do berço mais luxuoso.
No entanto, a Lógica dEle é absurda para nós. Ele escolheu ser filho de seres tão insignificantes, aos nossos olhos, que sequer tinham onde passar a noite. E mais, Ele escolheu nascer numa manjedoura.
Lembro da expressão de espanto no rosto de minhas filhas quando eu as levei para conhecer uma “manjedoura” de verdade. Elas estavam, como muitos de nós, acostumadas a verem as “manjedouras” dos presépios que são montados nas igrejas, praças, casas e shoppings, na época do Natal. Elas são feitas com animais de plástico, barro ou qualquer outro material, menos de carne e osso.
Assim, conhecer uma manjedoura de verdade foi chocante para elas. O fedor de urina e esterco era nauseante. Manjedoura e estrebaria nada mais são do que sinônimos de curral – local onde os animais comem. E, animais não possuem toaletes. Eles urinam e defecam no mesmo local onde comem. O fedor é insuportável para quem é de fora, mas normal para os animais que habitam o local. Jesus Cristo ter nascido numa manjedoura trouxe algumas lições para minha vida.
A primeira delas é que precisamos reconhecer que sem Deus a vida fede – ainda que se viva entre aromas de perfumes franceses. Sem Deus, ninguém vive; apenas existe! Sem Deus, nossa origem é o acaso e nosso destino é ser banquete de vermes. Sem Deus, não há sentido para a vida!
A segunda lição é que Deus nos ama. Sim, foi Deus quem veio ao nosso encontro. Ele se tornou gente e habitou o nosso mundo fedido. Ele nos amou de maneira tão louca, segundo os Gregos, que nem podiam entender um Deus que amasse o mundo. Nos amou, de maneira tão apaixonada, que nos deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
A terceira lição é que nós só achamos significado para nossas vidas em Deus. Quando Deus se faz presente em nossas vidas, seres insignificantes se tornam significativos. Maria, José, os apóstolos e todos os demais seres insignificantes que estiveram na presença de Jesus, nEle acharam significado.
A quarta lição é que saber essas coisas apenas como conhecimento não traz nenhum benefício para mim. O nascimento de Jesus Cristo numa manjedoura só traz benefícios para mim quando meu coração também é visitado por Deus. Quando a Fé explode no peito e a Vida abundante e verdadeira jorra regando toda a existência. Quando Ele nasce, não apenas em Belém, mas passa a ser nossa companhia constante, e amigo mais chegado que um irmão. Quando Seu Amor, Graça e Misericórdia passam a ser realidades experimentadas em nossas vidas e não doutrinas a serem aprendidas.
A quinta e última lição é que Ele nasceu numa manjedoura porque não havia lugar nas estalagens e pousadas. Que sempre haja lugar para Ele em nossos corações. Que sempre haja em nossas vidas a alegria por Ele ter nascido entre nós, em nós e para nós!
Feliz Natal
Nada contraria tanto a lógica humana quanto o Deus (eterno, imutável, invisível, todo-poderoso, criador dos céus e da terra) que se faz gente. Deus se vestir de carne e osso e ser gestado por nove meses em um útero materno é um absurdo inimaginável. Aumentar o absurdo – se isso fosse possível – é olhar de quem e onde Ele nasceu.
A Lógica humana diria que se Deus tivesse que nascer entre os Homens, àquela época, Ele deveria ser alguém do tipo de Cesarion, filho de César com Cleópatra. Sim, Ele deveria ser alguém como o filho dos representantes reais de dois impérios que dominaram o mundo, o Grego e o Romano. Ele deveria ter nascido sob os cuidados da melhor Medicina da época e desfrutar do berço mais luxuoso.
No entanto, a Lógica dEle é absurda para nós. Ele escolheu ser filho de seres tão insignificantes, aos nossos olhos, que sequer tinham onde passar a noite. E mais, Ele escolheu nascer numa manjedoura.
Lembro da expressão de espanto no rosto de minhas filhas quando eu as levei para conhecer uma “manjedoura” de verdade. Elas estavam, como muitos de nós, acostumadas a verem as “manjedouras” dos presépios que são montados nas igrejas, praças, casas e shoppings, na época do Natal. Elas são feitas com animais de plástico, barro ou qualquer outro material, menos de carne e osso.
Assim, conhecer uma manjedoura de verdade foi chocante para elas. O fedor de urina e esterco era nauseante. Manjedoura e estrebaria nada mais são do que sinônimos de curral – local onde os animais comem. E, animais não possuem toaletes. Eles urinam e defecam no mesmo local onde comem. O fedor é insuportável para quem é de fora, mas normal para os animais que habitam o local. Jesus Cristo ter nascido numa manjedoura trouxe algumas lições para minha vida.
A primeira delas é que precisamos reconhecer que sem Deus a vida fede – ainda que se viva entre aromas de perfumes franceses. Sem Deus, ninguém vive; apenas existe! Sem Deus, nossa origem é o acaso e nosso destino é ser banquete de vermes. Sem Deus, não há sentido para a vida!
A segunda lição é que Deus nos ama. Sim, foi Deus quem veio ao nosso encontro. Ele se tornou gente e habitou o nosso mundo fedido. Ele nos amou de maneira tão louca, segundo os Gregos, que nem podiam entender um Deus que amasse o mundo. Nos amou, de maneira tão apaixonada, que nos deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
A terceira lição é que nós só achamos significado para nossas vidas em Deus. Quando Deus se faz presente em nossas vidas, seres insignificantes se tornam significativos. Maria, José, os apóstolos e todos os demais seres insignificantes que estiveram na presença de Jesus, nEle acharam significado.
A quarta lição é que saber essas coisas apenas como conhecimento não traz nenhum benefício para mim. O nascimento de Jesus Cristo numa manjedoura só traz benefícios para mim quando meu coração também é visitado por Deus. Quando a Fé explode no peito e a Vida abundante e verdadeira jorra regando toda a existência. Quando Ele nasce, não apenas em Belém, mas passa a ser nossa companhia constante, e amigo mais chegado que um irmão. Quando Seu Amor, Graça e Misericórdia passam a ser realidades experimentadas em nossas vidas e não doutrinas a serem aprendidas.
A quinta e última lição é que Ele nasceu numa manjedoura porque não havia lugar nas estalagens e pousadas. Que sempre haja lugar para Ele em nossos corações. Que sempre haja em nossas vidas a alegria por Ele ter nascido entre nós, em nós e para nós!
Feliz Natal
segunda-feira, dezembro 06, 2010
O NATAL! E SE EU FOSSE DEUS?
Escrevi o texto abaixo no Natal de 2006.
----------
Nesta época do ano, virou moda entre certos cristãos sair dizendo para todos que Jesus Cristo nunca nasceu em 25 de Dezembro e que, portanto, ninguém deve comemorar o Natal, pois esta seria uma festa pagã que atende apenas aos interesses daqueles que querem ganhar dinheiro vendendo presentes.
Qualquer um que pesquise saberá que 25 de Dezembro não é o dia em que Jesus nasceu, mas o dia em que se celebra a Encarnação. Ou seja, celebra-se a vinda de Deus à Terra em forma humana. Era uma data em que os romanos celebravam o deus-Sol e que foi cristianizada pelo imperador Constantino. Os Cristãos, antes de Constantino, não celebravam a Encarnação. Portanto, dizem esses cristãos, não devemos celebrar o Natal.
Acho interessante que não vejo esses Cristãos defendendo outras práticas dos Cristãos Primitivos. Eles, por exemplo, não se reuniam em templos, mas em casas. Não existia a prática de dar Dízimos. Não existia a Hierarquia que existe hoje, onde homens dominam sobre outros. Etc.
Se inventarem o “Dia do Churrasco”, saibam todos, a Indústria e o Comércio o apoiarão. Eles colocarão churrasqueiras em todos os Shopping Centers do Mundo (talvez só não na Índia – por razões óbvias). As pessoas serão incentivadas a comprarem carnes, churrasqueiras, facas e todo aquele aparato que vem junto com o Churrasco. Será uma Festa para Amigos e Familiares... e por aí vai.
Mas não é porque a Indústria e o Comércio iriam ganhar dinheiro com o Dia do Churrasco que nós o boicotaríamos, não é? Por que então deixaríamos de celebrar o Natal só porque alguns ganham dinheiro com ele?
Todavia, o que eu realmente me pergunto é uma coisa bem louca que de vez em quando eu penso: “e se eu fosse Deus?” Pois é, se eu fosse Deus, o que acharia dessa coisa toda? Ficaria mais feliz com esses Cristãos que querem acabar com o Natal, por ser uma festa em uma data imprecisa? Ou ficaria feliz com algumas pessoas que se aproveitam dessa data para fazer o bem?
Sim, há muita gente boa que sai arrecadando presentes para crianças carentes. Outros que dão presentes para os filhos, e pegam os brinquedos antigos e os doam para os carentes. Há gente que reúne a família e os amigos para se alegrarem juntos. Há ainda, gente que promove o espírito natalino, desejando à todos, saúde, paz e felicidades.
Sinceramente, se eu fosse Deus, ficaria mais feliz com o grupo dos que se aproveitam da data e promovem o bem. Um grande detalhe é que muitos desses que agem assim sequer são Cristãos. Mesmo assim, eu ficaria mais feliz com eles do que com os que querem acabar com o Natal. Sim, porque Deus não se fez gente em uma igreja, mas em um curral. Os teólogos, da época em que Ele nasceu entre os homens, sabiam onde Ele iria nascer, mas foram os magos e os que pastoreavam animais no campo que foram adorá-Lo.
Se Ele encarnou para fazer bem aos homens é de se esperar que Ele goste de quem busque fazer a mesma coisa, não é? Claro, Natal mesmo é quando Ele encarna em nós. Para aqueles que tomaram essa consciência, todo dia é Natal! Mas para os que ainda não tomaram essa consciência, Natal não existe e nem deve existir!
Meu desejo e minha oração é que você tenha um Feliz Natal e que o espírito dAquele que encarnou domine o coração de todos nós.
Beijão Bento Souto
P.S. Se quiser e achar que deve, pode reenviar essa mensagem para todos que você desejar.
bentosouto@hotmail.com
Já existe o "Dia do Churrasco", 24 de Abril. Foi instituído pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul...
Feliz Natal a todos!
----------
Nesta época do ano, virou moda entre certos cristãos sair dizendo para todos que Jesus Cristo nunca nasceu em 25 de Dezembro e que, portanto, ninguém deve comemorar o Natal, pois esta seria uma festa pagã que atende apenas aos interesses daqueles que querem ganhar dinheiro vendendo presentes.
Qualquer um que pesquise saberá que 25 de Dezembro não é o dia em que Jesus nasceu, mas o dia em que se celebra a Encarnação. Ou seja, celebra-se a vinda de Deus à Terra em forma humana. Era uma data em que os romanos celebravam o deus-Sol e que foi cristianizada pelo imperador Constantino. Os Cristãos, antes de Constantino, não celebravam a Encarnação. Portanto, dizem esses cristãos, não devemos celebrar o Natal.
Acho interessante que não vejo esses Cristãos defendendo outras práticas dos Cristãos Primitivos. Eles, por exemplo, não se reuniam em templos, mas em casas. Não existia a prática de dar Dízimos. Não existia a Hierarquia que existe hoje, onde homens dominam sobre outros. Etc.
Se inventarem o “Dia do Churrasco”, saibam todos, a Indústria e o Comércio o apoiarão. Eles colocarão churrasqueiras em todos os Shopping Centers do Mundo (talvez só não na Índia – por razões óbvias). As pessoas serão incentivadas a comprarem carnes, churrasqueiras, facas e todo aquele aparato que vem junto com o Churrasco. Será uma Festa para Amigos e Familiares... e por aí vai.
Mas não é porque a Indústria e o Comércio iriam ganhar dinheiro com o Dia do Churrasco que nós o boicotaríamos, não é? Por que então deixaríamos de celebrar o Natal só porque alguns ganham dinheiro com ele?
Todavia, o que eu realmente me pergunto é uma coisa bem louca que de vez em quando eu penso: “e se eu fosse Deus?” Pois é, se eu fosse Deus, o que acharia dessa coisa toda? Ficaria mais feliz com esses Cristãos que querem acabar com o Natal, por ser uma festa em uma data imprecisa? Ou ficaria feliz com algumas pessoas que se aproveitam dessa data para fazer o bem?
Sim, há muita gente boa que sai arrecadando presentes para crianças carentes. Outros que dão presentes para os filhos, e pegam os brinquedos antigos e os doam para os carentes. Há gente que reúne a família e os amigos para se alegrarem juntos. Há ainda, gente que promove o espírito natalino, desejando à todos, saúde, paz e felicidades.
Sinceramente, se eu fosse Deus, ficaria mais feliz com o grupo dos que se aproveitam da data e promovem o bem. Um grande detalhe é que muitos desses que agem assim sequer são Cristãos. Mesmo assim, eu ficaria mais feliz com eles do que com os que querem acabar com o Natal. Sim, porque Deus não se fez gente em uma igreja, mas em um curral. Os teólogos, da época em que Ele nasceu entre os homens, sabiam onde Ele iria nascer, mas foram os magos e os que pastoreavam animais no campo que foram adorá-Lo.
Se Ele encarnou para fazer bem aos homens é de se esperar que Ele goste de quem busque fazer a mesma coisa, não é? Claro, Natal mesmo é quando Ele encarna em nós. Para aqueles que tomaram essa consciência, todo dia é Natal! Mas para os que ainda não tomaram essa consciência, Natal não existe e nem deve existir!
Meu desejo e minha oração é que você tenha um Feliz Natal e que o espírito dAquele que encarnou domine o coração de todos nós.
Beijão Bento Souto
P.S. Se quiser e achar que deve, pode reenviar essa mensagem para todos que você desejar.
bentosouto@hotmail.com
Já existe o "Dia do Churrasco", 24 de Abril. Foi instituído pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul...
Feliz Natal a todos!
quinta-feira, dezembro 02, 2010
O QUE É O ACASO?
Em minha opinião, ACASO é como os seres humanos chamam a ignorância deles acerca do Futuro.
Sinceramente, do ponto de vista estritamente técnico, nada pode ser ACASO se houver Propósito. Não é possível querer enviar uma espaçonave à Marte e deixar qualquer detalhe desse projeto ao ACASO. Se, por ACASO, durante a viagem à Marte essa espaçonave se chocar com um "mini-asterisco", esse choque terá sido um erro de planejamento que poderá comprometer toda a missão.
Portanto, no caso acima, o ACASO além de ser desconhecimento do Futuro é também a prova de nossa incapacidade de planejar de forma absoluta, pois não temos total controle sobre todas as variáveis (outra forma de definir o ACASO).
ACASO é também aquilo que chamamos de inesperado.
Eliminar o ACASO da vida dos humanos seria desastroso para nós. Quase nenhum de nós faria as mesmas coisas se soubessemos o dia e a hora exata da morte de alguém. Qual a equipe médica que operaria um paciente, hoje, e a ele dedicaria 14 horas de cirurgia sabendo que o paciente morreria amanhã? Quem iria casar com alguém que morre no dia seguinte a cerimônia? Quem esperaria nove meses de gravidez sabendo que o filho vai nascer morto? Quem faria aquele super relatório, ao qual se dedicou por duas semanas, se soubesse que irá ser demitido no dia seguinte?
Assim, o ACASO nos protege da paralização que a CERTEZA das coisas provocaria em nós. É por isso que se diz que "o justo viverá pela fé". A vida só se manifesta em toda a sua plenitude quando a gente confia (têm fé) que Deus, o nosso Pai, tem tudo sob controle; e que todas as coisas (até o ACASO) contribuem para o bem daqueles que por Ele são amados.
É isso o que eu penso!
Beijão
Sinceramente, do ponto de vista estritamente técnico, nada pode ser ACASO se houver Propósito. Não é possível querer enviar uma espaçonave à Marte e deixar qualquer detalhe desse projeto ao ACASO. Se, por ACASO, durante a viagem à Marte essa espaçonave se chocar com um "mini-asterisco", esse choque terá sido um erro de planejamento que poderá comprometer toda a missão.
Portanto, no caso acima, o ACASO além de ser desconhecimento do Futuro é também a prova de nossa incapacidade de planejar de forma absoluta, pois não temos total controle sobre todas as variáveis (outra forma de definir o ACASO).
ACASO é também aquilo que chamamos de inesperado.
Eliminar o ACASO da vida dos humanos seria desastroso para nós. Quase nenhum de nós faria as mesmas coisas se soubessemos o dia e a hora exata da morte de alguém. Qual a equipe médica que operaria um paciente, hoje, e a ele dedicaria 14 horas de cirurgia sabendo que o paciente morreria amanhã? Quem iria casar com alguém que morre no dia seguinte a cerimônia? Quem esperaria nove meses de gravidez sabendo que o filho vai nascer morto? Quem faria aquele super relatório, ao qual se dedicou por duas semanas, se soubesse que irá ser demitido no dia seguinte?
Assim, o ACASO nos protege da paralização que a CERTEZA das coisas provocaria em nós. É por isso que se diz que "o justo viverá pela fé". A vida só se manifesta em toda a sua plenitude quando a gente confia (têm fé) que Deus, o nosso Pai, tem tudo sob controle; e que todas as coisas (até o ACASO) contribuem para o bem daqueles que por Ele são amados.
É isso o que eu penso!
Beijão
Assinar:
Postagens (Atom)