terça-feira, janeiro 19, 2010

O "deus" EM QUEM EU SOU ATEU!

Certo médico descobriu a cura para uma doença que matava a todos na cidade onde ele vivia. Como era de se esperar, o médico vacinou seus familiares contra a doença. Contudo, mesmo havendo vacina suficiente para todos na cidade, aquele médico decidiu que somente uns poucos iriam ter acesso à vacina.

Durante anos, aquele médico vacinou apenas alguns pacientes de quem ele gostava. Alguns deles, o médico vacinou-os enquanto eles dormiam, sem que eles sequer houvessem tomado conhecimento. Os demais, o médico deixou que morreressem sem aplicar neles a vacina.

Alguém que age assim pode ser chamado de um "médico que ama seus pacientes"?

Lindemberg matou Eloá porque ela se recusou a continuar namorando com ele. Lindemberg amava verdadeiramente Eloá?

Hitler acreditava na superiodade da Raça Ariana e considerava os Judeus a escória do mundo, por isso dicidiu exterminá-los.

O que os três exemplos anteriores possuem em comum?

Eles são retratos humanos do "deus" em que muitos cristãos crêem. Um "deus" que, se humano fosse, e fizesse o que os cristãos dizem que ele faz com toda a raça humana, seria condenado em todos os tribunais humanos.

Um "deus" que não oferece escolhas... mas que só é seguido e obedecido se usar da "força" da aplicação da vacina...

Um "deus-lindemberg" que se não for amado... não apenas mata... mas põe aquele que se recusa a amá-lo numa churrasqueira sem fim...

Um "deus" que tem a vacina -- mas só aplica em quem ele quer -- e culpa os que morrem da doença que ele se recusou a curar... (e ainda joga os doentes que morrem na mesma churrasqueira sem fim!)

Sem rodeios: num "deus" assim, eu sou ateu!

De um "deus" desse, eu quero distância!

Do "amor" de um "deus" desse, eu peço que Deus me livre!

Chamar o "amor" de um "deus" desse de "evangelho" é a piada de mais mau gosto que eu já ouvi na vida!

O Pai que anseia pela volta do filho que foi pra longe e o recebe com festas, quando o filho decide voltar, não tem nada a ver com esse "deus".

O Jesus que pode ser encontrado por todo aquele que usa de misericórdia e amor para com seu próximo, não tem nada a ver com esse "deus".

O Cordeiro que foi morto, antes da fundação do mundo, em remissão pelos pecados de toda a humanidade, não tem nada a ver com esse "deus".

O Deus que estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens os seus pecados, não tem nada a ver com esse "deus".

Portanto, Evangelho é essa notícia... de que da parte de Deus já está tudo pago; tudo reconciliado; e que, como o Pai do filho pródigo, Deus nos aguarda de braços abertos para a reconciliação que Ele mesmo já promoveu em Cristo.

Um "deus" cujos caminhos são facilmente inteligíveis aos humanos -- como são os caminhos desse "deus" descrito acima -- é um "deus-humano", criado à nossa imagem e semelhança.

Já o Deus que governa o Universo e os corações dos homens, enquanto eles tomam decisões próprias -- o que torna qualquer escolha inexplicável -- é um Deus maior do que nossos pensamentos!

Isso talvez se dê porque Amor não se explica... Amor se mostra, amando!

Considere se o que eu lhe digo faz sentido.


Bjs Bento Souto